domingo, março 25, 2007

Nosso pequeno álbum


AMO-TE MEU AMOR...és tudo o que sempre sonhei! Estes momentos vao ficar perpétuos na minha memória.

sexta-feira, março 23, 2007

Elogio ao amor puro

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho
uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode
ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não
é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro.

Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se
apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita
amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.


Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e
das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de
antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser
passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.


Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se
numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.


A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor
tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.


Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido,
do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas,
farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas
como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de
ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem,
tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides,
borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o
desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é
como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha.
Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a
pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso
"dá lá um jeitinho sentimental".


Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos.
Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria,
maluquice,facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da
pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso

amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer
felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo
ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.


O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A
"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim,
não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se
percebe.


Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma.
É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não
apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a
ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e
sonhe o que quiser.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é
mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração
apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por
muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E
durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos
acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.


Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer
e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho,
triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder.

Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida
inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
(BY: Miguel Esteves Cardoso - Expresso )

domingo, março 04, 2007

Uma lição...

"Era uma vez um pássaro, adornado com um par de asas perfeitas e plumas reluzentes, coloridas e maravilhosas. Enfim, um animal feito para voar livre e solto no céu, e alegrar quem o observasse.
Um dia, uma mulher viu o pássaro e apaixonou-se por ele. Ficou a olhar o seu voo com a boca aberta de espanto, o coração batendo mais rapidamente, os olhos brilhando de emoção. Convidou-o para voar com ela, e os dois viajaram pelo céu em plena harmonia.
Ela admirava, venerava, celebrava o pássaro.
Mas então pensou: Talvez ele queira conhecer algumas montanhas distantes! E a mulher sentiu medo. Medo de nunca mais sentir aquilo por outro pássaro.
E sentiu inveja, inveja da capacidade de voar do pássaro.
E sentiu-se sozinha.
E pensou: "Vou montar uma armadilha. Da próxima vez que o pássaro surgir, ele não partirá mais."
O pássaro, que também estava apaixonado, voltou no dia seguinte, caiu na armadilha, e foi preso na gaiola.
Todos os dias ela olhava o pássaro. Ali estava o objecto da sua paixão, e ela mostrava-o às suas amigas, que comentavam: "Mas tu és uma pessoa que tem tudo." Entretanto, uma estranha transformação começou a processar-se: como tinha o pássaro, e já não precisava de o conquistar, foi perdendo o interesse. O pássaro sem puder voar e exprimir o sentido da sua vida, foi definhando, perdendo o brilho, ficou feio - e a mulher já não lhe prestava atenção, apenas prestava atenção à maneira como o alimentava e como tratava da sua gaiola.
Um belo dia, o pássaro morreu. Ela ficou profundamente triste, e passava a vida a pensar nele. Mas não se lembrava da gaiola, recordava apenas o dia em que o vira pela primeira vez, voando contente entre as nuvens.
Se ela se observasse a si mesma, descobriria que aquilo que a emocionava tanto no pássaro era a sua liberdade, a energia das asas em movimento, não o seu corpo físico.
Sem o pássaro, a sua vida também perdeu o sentido, e a morte veio bater à sua porta. "Porque vieste?" perguntou à morte.
"Para que possas voar de novo com ele nos céus", respondeu a morte. "Se o tivesses deixado partir e voltar sempre, amá-lo-ias e admirá-lo-ias ainda mais; porém, agora precisas de mim para puder encontrá-lo de novo.""

Paulo Coelho, in Onze Minutos

sábado, março 03, 2007

A outra metade


"Segundo Platão, no início da criação, os homens e as mulheres não eram como são hoje; havia apenas um ser, baixo, com um corpo e um pescoço, mas a cabeça tinha duas faces, cada uma olhando para uma direcção. Era como se as duas criaturas estivessem presas pelas costas, com dois sexos opostos, quatro pernas, quatro braços.
Os deuses gregos, porém, eram ciumentos, e viram que uma criatura que tinha quatro braços trabalhava mais, as duas faces opostas estavam sempre vigilantes e não podiam ser atacadas à traição, quatro pernas exigiam menos esforço para ficar de pé ou andar por longos períodos. E, o que era mais perigoso, a tal criatura tinha dois sexos diferentes, não precisava de ninguém para continuar a reproduzir-se.
Então, disse Zeus, o supremo senhor do Paraíso: "Tenho um plano para fazer com que estes mortais percam a sua força."
E, com um raio, cortou a criatura em dois, criando o homem e a mulher. Isso aumentou muito a população do mundo, e ao mesmo tempo desorientou e enfraqueceu os que nele habitavam - porque agora tinham de procurar de novo a sua parte perdida, abraçá-la novamente, e nesse abraço recuperar a força antiga, a capacidade de evitar a traição, a resistência para andar durante longos períodos e aguentar o trabalho cansativo. Esse abraço em que os dois corpos se fundem de novo em um, chamamos sexo." Paulo Coelho, in Onze Minutos

sexta-feira, março 02, 2007

Meu amor,


Estava perdida,
Ate me mostrares,
O quanto há nesta vida,
Para alem de tempestades,
Quero agradecer-te,
Por me teres ouvido,
E por me teres deixado,
Ser simplesmente eu quando estou contigo,
Não sei como é possível
Mas tenho medo de te perder
Medo deste amor invencível
E frágil no mesmo ser
Não quero que este amor termine
Como todos os outros terminaram
Pois este amor é diferente
E os outros a ti não se comparam
És o meu amor
O meu amor de sentimento
Sentimento puro e verdadeiro
Que espero ter sempre no meu peito
Com tudo isto te quero dizer
Mais uma vez para sempre te lembrar
Que te amo como acabei de escrever
E te desejo como não podes imaginar

quinta-feira, março 01, 2007

Eternamente tua

Vou começar por dizer
Tudo aquilo que senti
Vou tentar nesta folha escrever
O que me aconteceu quando te vi
Sei que não vai ser fácil
Porque é com muita emoção
Que vou dizer-te como foste àgil
Quando tocaste o meu coração
Fizeste-me sentir especial
Com o carinho com que me tocavas
Tudo à minha volta continuou igual
Mas eu mudei quando de amor me falavas
Mudei para melhor
Com a ajuda do teu amor
Pois nada se torna pior
Quando se ama com tanto ardor
Qunado o meu pensamento te encontra
Penso no que foi e no que será
Este amor desconhecido até agora
Este amor que nunca mais nos largará
Sou feliz disso tenho a certeza
Pois amo e sou amada
E sei que no fim da minha vida direi com clareza
Que sou tua eterna apaixonada!
Amo-te Hugo