segunda-feira, abril 30, 2007

Amour

Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.
(Antoine de Saint-Exupéry, in 'Cidadela')

quinta-feira, abril 26, 2007

Palabras...

"Liberdade, Felicidade, Amizade.
Existem palavras mais belas que estas?
Houve até hoje uma fotografia que tivesse a olímpica capacidade de esgotar todas as possibilidades destes conceitos?
As palavras são mais do que letras arrumadas umas atrás das outras. São códigos, são chaves que servem para abrir no nosso cérebro as portas de tantas e tantas imagens"
Edson Athayde

quarta-feira, abril 18, 2007

Amarga tristeza, doce amor

Olha o mundo.
E faz perguntas, como se nascesses agora, sobre o que vês.
Sobre o que é a luz, e a realidade, e a subtil diferença
Entre o superficial e o profundo.
E então, se quiseres mesmo, talvez
Consigas entender o que sinto na tua presença.
E consigas perceber o que é renascer a cada momento,
E ter uma luz diferente cada dia.
E saber que o que sou é porque és,
E que sem isso nada mais é que deserto.
E que se te pareço a ti incerto,
A incerteza é tua porque para mim não há
Juras e promessas além de ti,
E leis além do que me dizes e olhas.
E quero, isso quero,
Quero-te amar não ao ponto de dar a minha vida por ti,
Mas ao ponto de dar a minha vida contigo.
Quero amar-te não ao ponto de dar a minha vida por nós,
Mas sermos nós a minha vida.
E quero amar-te para além do significado das palavras
E para além do significado do amor,
Mas nunca para além do teu significado.
E se não quiseres,
Não precisas de querer.
O amor não se quer, cria ou transforma.
Existe, em mim, por ti até morrer,
E se não existe em ti, nada a fazer, pois não se forma.
Escrito por Pedro Leitão
amo-te inexplicávelmente....sem ti perdi o chão....perdi-me de mim! Preciso de me encontrar de novo no teu corpo, numa palavra ou gesto teu! Nunca vou esquecer este amor

sábado, abril 07, 2007

Uma relação? Para que serve?

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outrapessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo semnão-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado. Uma relaçãotem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para teralguém que lave a louça enquanto você prepara um café, para ter alguém comquem viajar, para ter com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois seincomode com isso. Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular vocêa se produzir, e,quase sempre, estimular você a ser do jeito que é,de caralavada e bonita a seu modo. Uma relação tem que servir para um e outro sesentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, arespeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer osdois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa, numdomingo qualquer assistindo fantástico. Uma relação tem que servir paracobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores umdo outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando ocobertor cair. Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro nomédico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa devinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo,cientes de que o mundo não se resume aos dois. Se entendêssemos assim, nãohaveria tantas pessoas sozinhas! Drauzio Varela

Amor e Loucura

Em tempos atrás viviam duas crianças, um menino e uma menina, que tinham entre quatro e cinco anos de idade.O Menino chamava-se Amor e a Menina Loucura.O Amor sempre foi uma criança calma,doce e compreensiva.Já Loucura era muito emotiva,passional e impulsiva, enfim,do tipo que jamais levava desaforo para casa.Entretanto com todas as diferenças as crianças cresciamjuntas, inseparáveis;brincando, brigando...Mas houve um dia em que o Amor não estava muito bem,E acabou cedendo às provocações de Loucura,com a qual teve uma discussão muito feia.Ela não deixava nada barato,estava furiosa como nunca com o Amor,começou a agredi-lo, mas não só verbalmente como de costume.A menina estava tão descontrolada que agrediu o garoto fisicamente e,antes que pudesse perceber, arrancou os olhos do Amor.O Amor sem saber o que fazer,chorando foi contar a sua mãe,a deusa Afrodite, o que havia ocorrido.Inconsolada, Afrodite implorou a Zeus que ajudasse seu filhoe que castigasse Loucura.Zeus,por sua vez, ordenou que chamassem a garota para uma séria conversa.Ao ser interrogada a menina respondeu como se estivessecom a razão que o Amor havia lhe aborrecido e que foimerecido tudo o que aconteceu.Embora soubesse que não fora justa com seu amigo,a menina que nunca soube se desculpar concluiu dizendo quea culpa havia sido do Amor e que não estava nem um poucoarrependida.Zeus,perplexo com a aparente frieza daquela criança disseque nada poderia fazer para devolver a visão do Amor,mas, ordenou que Loucura estaria condenada a guia-lopor toda a eternidade estando sempre junto ao Amor em cadapasso que este desse.E até hoje eles caminham juntos, onde quer que o Amor estejacom ele estará Loucura, quase que fundidos numa só essência.Tão unidos que por vezes não se consegue definir ondetermina o Amor e onde começa a Loucura.É também por isso que usa-se dizer que o Amor é cego;mas isso não é verdade, pois o Amor tem os olhos da Loucura.